Pan
florestas de verdes mares SANGUINÁRIOS
onde um passado abre as portas para uma poeira
contaminada por ideias de plastico
demonio com cara de criança morta
livros velhos
doentes por uma rainha inanimada
fotos de um sonho
beijo que nunca vou beber
mesmo que eu leia umas palavras frias
em formato de um bombom de agua ardente
não quero morrer no deserto
não quero tomar os remedios que os loucos jogaram no lixo
mas a realidade tem os olhos pintados com as cores
de uma tempestade quente
amanha os piratas vão tomar conta da terra do nunca
que nunca foi descoberta
e o poeta
vai andar milhas e milhas
procurando um pouco
de pão
mesmo que o diabo
tenha sentado no meio da ceia de natal