A dor pela partida inesperada e pela não despedida. Até um dia, minha amiga, no tempo de Deus...
Há dias em que a dor
Como um navio singrando os mares,
Rasga-nos a alma, dilacera-nos o ser
Silencia-nos a vida.
Nesses momentos talvez nos reste
Apenas chorar, esvaziar o invólucro
Deixar dormir todo sonho
Para que o tempo amenize, mesmo que pouco,
A dor, e nos coloque em mente a saudade, 'inda que doída
Resquício dessa ferida aberta
Desse vazio impreenchível
Junto à certeza de que, para os que dormem
Não há mais sofrer, só a espera
Pelo tempo de Deus que os guarda
Em sua infalível lembrança
Até o momento em que chamará...
E em nós, até lá, a saudade permanece.
Pois o amor nunca esquece
Nem tampouco deixa de amar...
(João 5:28,29) "Todos os que estão nos túmulos memoriais (na memória do criador) ouvirão a sua voz (de cristo) e sairão para uma ressurreição"...
Em memória a uma amiga que adormeceu na morte.