A CARCAÇA
E eu aqui
Tão cheia
De nada
observo a chuva
cair
e molhar meu jardim
onde só nascem ervas-daninhas.
E eu aqui
Só me resta
O nada
Observ’o meu eu
Sumir
E deixar nessa estrada
Só a carcaça duma alma.
Observo
aqui
só o corpo, a esmola
do meu eu sem poesia.