Noite silenciosa
Noite silenciosa, melancólica como uma triste poesia, vêm acendendo as estrelas que só através de ti consigo vê-las com felícia melancolia. Traz consigo a brisa mística do vento que sopra meu corpo misteriosamente, fazendo de minha mente um oceano de tristeza. Sou louco por ver mistério em tudo; sou triste por não saber ser mistério de mim mesmo.
As estrelas me observam das infinitas alturas, devolvo-lhes meu olhar súplico, símbolo de angustia profunda por não saber da verdade que por trás de mim se oculta.
Ah, e este silêncio lúgubre que me envolve na loucura de pensar, que quanto mais silencioso, mais barulhos parece fazer. Não compreendo a linguagem silenciosa do universo, então componho versos sobre o pesar que aqui se faz. Afasta-te de mim demônio da razão; deixe-me ser como as plantas que para si mesmas são completas por nada disso saber.
De onde vem tanta tristeza, que com pesar se faz beleza, e vicia-me na destrutividade que causo em meu próprio ser?