`GOSTO DA SOLIDÂO!
Gosto da singularidade das coisas
Da magia daqueles que nascem sozinhos
E morrem ainda mais solitários e sombrios!
Das vozes que se calam no silencio do entendimento frio.
Dessas vozes que cantam e se decantam
Nos bolsos da alma como que valsando
No rarefeito dalgum repente vazio.
Gosto das profundezas dos olhares que se perdem...
Do soluço dos velhos a despeito dos amores que não tiveram...
Gosto do tédio e da cólera dos abismos...
Das flores que fenecem antes de serem beijadas...
Dos beija-flores de jardins de malmequer...
Do choro dos inocentes...
Da agonia da serpente
A contorcer-se na areia quente
Depois de mal matada.
"JÁ NÃO PODEREI ACALMAR MINHAS ASAS APÓS TER SIDO PÁSSARO NO AZUL DO TEU CÉU!"