MERGULHO

Chove no seu corpo cansado,
As agulhas da intensa dor,
Deixa o olhar encurralado,
Errante, distante do esplendor.


Lágrima a lágrima debulha,
No seu semblante solitário,
Como se fosse conta de rosário.


Lentamente o ser mergulha,
Na madrugada silente, escurecida.


E se vê tentado a romper com a vida.