onde é a minha casa?

Perdido, assustado e desesperado,

querendo ir para casa,

mas onde és minha casa?

não faz diferença se a chorar estou,

aos prantos me rasgando,

com ódio e fome,

pois todo o meu fardo não é do seu interesse...

já sem forças para procurar,

a luta estaguinante que agora me vence,

impede a minha pessoa de procurar uma solução

para esse desespero sem fim,

Qual a razão dos dias de vida nesta agonia em que vivo?

um alma, uma sombra sem esperança,

sem vontade de viver,

e agora já sem mais o seu amor para aquecer,

sinto como se na penumbra negra da morte,

um consolo aconchegante me salvasse,

pois para quem viveu em meio a espinhos,

agora é imune a qualquer dor,

transformando em meu alivio,

a salvação da morte que tira o meu fardo dos ombros calejados da vida...

Felipe Cunha
Enviado por Felipe Cunha em 20/04/2007
Reeditado em 29/11/2012
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