Pirata dos Mares Obscuros

E assim que nasceu o sol e que meus olhos se abriram
lamentoso era meu coração
Cheio de penas era meu espirito...
Malético pus-me a condenar a humanidade
E agora que se deita o sol e já se faz tarde
O mundo ainda não me parece acirrante
Os pássaros murmurantes ensaiam para dormir
E eu sei que ficarei horas fitando os céus da noite
Na esperança de ver uma estrela cair
e realizar o meu desejo, que ainda é o mesmo do amanhecer
não quero morrer, só me canso de existir...
Se deslustro a humanidade e sua casa, penso:
Para onde for ainda serei este mesmo “eu”
ferido e cheio de máculas...
Não há outro, se não este estado de existência como morada
para um “ser” perverso, dos mares sombrios, um amaldiçoado pirata!
Aqui ou acolá ainda serei este sonhador espirito...
construindo e destruindo com o proposito escondido nas barbas de Javé
Há quem me diga que falta fé...
Mas como o anjo caído... Se hoje choro sangue foi por demais ter crido!
A lua majestosa logo ostentará sua coroa e partilhará o céu com pequenos lumes
E eu sei que mais uma vez hei de me perguntar se há quem olhe o firmamento
e com este estranho amor,  mesmo ignominiando, entregar-me-ei  para uma esperança cheia de contentamento...
Dificilmente dobro meus joelhos e de pedra não é meu coração
se fosse haveria nele ferimento?
Dificilmente Deus ouve minha voz em ato submisso...
Mas se a estrela que caiu atendesse meu pedido
Eu seria uma fria e inerte estatua olhando para o céu
com feições de quem chorava a fé e a confiança no desconhecido!



 
 
 
 
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 14/11/2013
Código do texto: T4570931
Classificação de conteúdo: seguro