FIM DE JORNADA
FIM DE JORNADA
Os cabelos foram embora
Os olhos amiudaram-se
Não mais brilham como outrora
Os ouvidos cheios de pelos
Ou seriam os revoltados cabelos
As rugas mostram as rusgas
Que a vida impôs
Tal qual sanguessuga
Não pensando no depois
A pele encarquilhada
Sobrenadando no nada
Num interior que vai se apagando
Tampouco se vê
A tão falada beleza interior
Não há como a expor
A boca está torta
Qual retorta
A massa cinzenta
Está plúmbea
Escura
Para esse mal
Não há cura
Os dias passando
A vida chegando
Ao fim
Enfim