FIM DE JORNADA

FIM DE JORNADA

Os cabelos foram embora

Os olhos amiudaram-se

Não mais brilham como outrora

Os ouvidos cheios de pelos

Ou seriam os revoltados cabelos

As rugas mostram as rusgas

Que a vida impôs

Tal qual sanguessuga

Não pensando no depois

A pele encarquilhada

Sobrenadando no nada

Num interior que vai se apagando

Tampouco se vê

A tão falada beleza interior

Não há como a expor

A boca está torta

Qual retorta

A massa cinzenta

Está plúmbea

Escura

Para esse mal

Não há cura

Os dias passando

A vida chegando

Ao fim

Enfim

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 09/11/2013
Código do texto: T4563353
Classificação de conteúdo: seguro