POESIA – Rugas
POESIA – Rugas – 03.03.2013
Essas rugas que nascem no meu rosto,
São da velhice sinais evidentes,
Confesso delas tenho até desgosto,
Mas com certeza eu as mereço francamente...
As pregas são resquícios do passar do tempo,
E das rusgas constantes entre nós,
Porém me servem como lenimento,
Por vezes calam toda a minha voz...
Quisera fossem somente um carimbo,
Que seria apagado com os dias,
Mas elas são assim mesmo tal limbo...
Imprestáveis, inúteis, assombrosas,
Sinônimo que não vivemos mar de rosas,
E nossas noites sempre foram frias.
Ansilgus