Supérfluo Sofrer


Como arrancar a dor
Do que se pensou
Um dia ter sido amor
Como crer que o riso
Não é só disfarce...
Amarguras deságuam
Lágrima de mi’alma
Jogar todas as peças
Perder tudo sem chances
Sonhar alto, voar alto...
Mesmo sem saber aonde alcance
Além do que se pode chegar
Pleitear desejos impossíveis
Morrer a cada dia um pouco
Esquecer de si, vivendo o outro
Que vã e insano destino
Eleva, povoa a alegria
De repente escoa a magia
Num ralo estreito e fino
É voraz o e inútil meu sofrer
Abraçei com todo ardor
Uma nova forma de viver.