Sinos
Grande senhor grande
Esse som eu não consigo mais ouvir
Pois me lembro dos caminhos em que andava escutando adiante
Com o frio da ansiedade, pois só sabia sorrir
Do fim ao início desse ano, nada de mal.
Tudo era alegre e colorido
Num tom brilhoso amarelo, o sol!
E eu que achava que tinha esquecido.
Era de um lado pro outro pensando e sentindo sempre a mesma coisa, fato
A música dessa maquina me traz de volta como me sentia
Lojas, bancos, congressos, passos, o horizonte, o retrato
Estava apaixonado e de bem, disso eu sabia
Até pouco tempo eu era feliz
Mas me jogaram o espelho e tudo ficou ao contrário
Para merecer a minha realidade atual, não sei o que fiz
Só quero me distanciar de verdade desse confessionário
O amante do sol está dormindo na escuridão
Mas quer continuar andando nas colinas agora de ferro
Barrado pela vida em frente ao portão
Estou vivo, isso é que o me lembra o guardião cego.
Mas a música do baixo e do sino
Traz de volta aquilo tudo que me traz falta
Essa falta que faz o vazio que dentro de mim eu sinto
Pena que a história jamais volta
Enquanto os sinos dobram vem o anoitecer
Unindo tudo numa coisa só pra mim
Para juntos continuar a me fazer sofrer
Como se o que eu mais amo, quisesse o meu fim
Difícil foi para escrever sem conselhos
Quero continuar vivendo em outras músicas, outros mundos
Mas misericórdia à vida, eu ainda peço de joelhos
Querendo de volta um brilho agora diferente, sem amor, união, mas juntos.
Até pouco tempo eu era feliz
Mas me jogaram o espelho e nele vi quem ninguém ama
Para merecer a minha realidade atual, não sei o que fiz
Só quero me distanciar de verdade desse teatro, dessa escama.
O amante do sol está dormindo na escuridão
Mas quer continuar andando nas colinas agora de ferro
Barrado pela vida em frente ao portão
Estou vivo, isso é o que me lembra o guardião cego