A CANÇÃO QUE MORREU
Empreste-me
Tua cortina soturna,
Recaia
Sobre o meu espirito quebrado
Este véu empoeirado,
É que de todas as venturas
Humanas
Não consigo rir
De nenhuma;
Há um tempo
Era morno o sol
De minha eloquência
Mas cedo se aproximou
A noite polar
E nunca mais foi puro
O meu canto,
E a verdade agora
É o meu mais profundo
Desencanto.