O CORPO

O corpo vestido de preto,
Torna mais triste o soneto,
O corpo com a viagem interrompida,
Aguarda os olhares de despedida,
Olhares firmados na convivência,
Aguarda inutilmente,
A noite passa silenciosamente.
E nenhum amigo vem...
Estão muito ocupados,
Com a sobrevivência,
Com as exigências da vida,
Com as incertezas, os poréns.
O corpo será enterrado,
Testemunhado por alguns parentes,
Já não se faz velório como antigamente.