Vermelho

Talvez um mundo de cores seja bem precário

Mas o que passou deixou um rastro uniforme

Da mesma marca, no mesmo cenário

Espero passar mais o tempo enquanto minha alma ainda dorme

O sangue que escorre na batalha

O instrumento presente entregue antes do primeiro tiro

Toda a mesma cor ao fio da navalha

Abaixo olhando pra traz, mas apenas miro

A bandeira branca anuncia a redenção

Mas no campo de batalha sobra apenas o vermelho

O amor, a dor, o coração, o coração

Livre-se disso, te digo, te aconselho

Olho em volta e vejo tudo igual

Mesmo que a música diga que não precisa ser

Mas esse teatro maldito faz-me lembrar de algo dito anormal

Só precisa-se de algo para me fazer viver

Subimos e descemos a colina

Não, não quero mais estar no vale

Mas na planície alta onde o sol físico, original, ilumina

Sem segundos nomes, as rimas voltam aos poucos, mas está difícil.

A bandeira branca anuncia a redenção

Mas no campo de batalha sobra apenas o vermelho

O amor, a dor, o coração, o coração

Livre-se disso, te digo, te aconselho

Se do outro lado ainda quer ter-se a guerra

Pego minha outra arma de notas dada pelo outro exército

Que a música sentida seja mais forte que meus tiros

Sejamos sempre do mesmo lado, tentando ignorar tudo mais de novo.

Luan Tófano
Enviado por Luan Tófano em 28/10/2013
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