Triste fim
Mais uma vez irei para rua vender doces no sinal,
com as marcas e as queimaduras no corpo que ganhei da minha mãe,
vejo crianças indo a escola e brincando no parque felizes,
tenho que trabalhar para sustentar a fome e os seus vícios.
Chego e vejo a casa toda suja e desarrumada,
novamente comerei pão duro com agua, não sei o que é um feijão com arroz, ja faz tempo.
Minha mãe drogada deitada na cama delirando,
levarei novamente uma surra, pois não vendi nada hoje,
novas marcas e queimaduras em todo meu corpo ganharei.
Queria tanto que ela me chamasse de filho e me desse um forte abraço,
e que dissesse em meu ouvido que me amasse,
ao invés de ouvir que eu não deveria nascer e que o aborto seria melhor.
Pego a armar em cima da mesa,
tenho odio quero matar minha mãe enquanto ela dorme,
mas não farei isso, eu a amo tanto.
Com dois tiros na cabeça tiro a minha vida.