Derradeira despedida
A solidão nada mais é, que uma infiltração
Nas paredes sombrias do meu coração moribundo.
Sem saída adoeço neste mundo vil, vagando na avenida dos
Sonhos, doravante denominada doce desilusão.
Soluços de dor compõem minha canção vazia,
E o pranto implora silêncio aos gritos da paixão que
Me tortura, dia após dia, nesta clausura imposta pela vida.
--Oh morte!... Por que adias nosso encontro?
--Acaso alimenta-se da má sorte que me acaricia friamente?
--E tu esperança, por que mentes? Me iludiste há todo tempo,
deveras conspirava meu descontentamento.
Não mais suporto a roda viva que me tem nas mãos,
Como prisioneira de um universo amargo;
Fardo para esta romântica incorrigível, farta de tanta frustração.
Deixo o poema prematuro como derradeira despedida,
Quando lerdes meus versos não será em vão! No reverso da vida
Brilhará a luz da poesia, que há de guiar-me pela escuridão.
Christinny Olivier
14/10/2013 - 4hs