O BANCO DA PRAÇA
O banco da praça
Neste banco que agora eu vejo
Vi um casal se beijando
Entre um suspiro e outro
Eles iam se declarando.
Neste banco velho e manchado
Vi uma criança comendo
Seus olhinhos brilhavam ansiosos
Quando via as outras crianças correndo.
Neste banco rústico de madeira
Vi um mendigo adormecer
Cansado de andar pedindo esmolas
Faminto, deixou-se pelo sono vencer.
Neste banco sujo e quebrado
Vi um velhinho sorridente
Lia um jornal com interesse
Olhando quem passava por cima das lentes.
Neste banco sem cor
Eu sentei e refleti
Quantas histórias passaram,
Quantos segredos ele ouviu aqui.
E este mesmo banco agora
Está sendo pelos homens arrancado
Serviu muito para tantos
Mas foi destruído e abandonado.