O SILÊNCIO DO RIACHO

 O regato, que aqui ao lado passa,
em noites frias, lança no ar a fumaça,
e nem percebe que alguém mora aqui...

Mas sempre considerei sua companhia,
pois sua pureza, inspira minha poesia,
quando vejo nele, se banhando o benteví...

Ou quando em belas noites de luar,
vejo suas águas caminhando para o mar,
mesmo em silêncio, representam a solidão...

Límpidas águas,dia e noite, sempre andando,
entristece, quem fica aqui sonhando,
mas sabe, que traz rimas para a canção...

Sei que a folha, que em seu leito cai,
sempre embora com voce, para o mar vai,
demorou tempo, mas um dia compreendí...

Também é água, a lágrima que evapora,
é certo, que com voce também irá embora,
e eu, nesse deserto, continuo por aqui...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 08/10/2013
Código do texto: T4517125
Classificação de conteúdo: seguro