Bramidos de Fome
Silenciosa noite, berço de sonhos
Sonhos de paz, alegria, esperança
A fome degrada vislumbra o mar
Estrelas cadentes distantes da vida
Em busca de paz irmãos esfomeados
Na dor apressados anseiam pelo pão
Que árdua realidade a desigualdade
A fome aniquila, intenso é o combate
Embarcam às centenas rumo a Itália
Tragédia anunciada naufraga o barco
Crianças, idosos, homens, mulheres
Acuados no medo vestem a mortalha
Denso oceano, despedem-se da vida
Sonho diluídos, impiedosos martírios
Inertes repousam no cais enfileirados
Gélidas lágrimas, preces estáticas
Pranteia o mundo a dor do naufrágio
Renasce a noite, oceano de lágrimas
Na beira do cais o resgate de corpos
Invadem as manhãs, bramidos da fome.
Ana Stoppa
( poema escrito sobre as vitimas do naufrágio ocorrido nas águas
do mar da Itália com um navio vindo da África,03.09.2013, centenas
de mortos, vítimas da desigualdade social).
Silenciosa noite, berço de sonhos
Sonhos de paz, alegria, esperança
A fome degrada vislumbra o mar
Estrelas cadentes distantes da vida
Em busca de paz irmãos esfomeados
Na dor apressados anseiam pelo pão
Que árdua realidade a desigualdade
A fome aniquila, intenso é o combate
Embarcam às centenas rumo a Itália
Tragédia anunciada naufraga o barco
Crianças, idosos, homens, mulheres
Acuados no medo vestem a mortalha
Denso oceano, despedem-se da vida
Sonho diluídos, impiedosos martírios
Inertes repousam no cais enfileirados
Gélidas lágrimas, preces estáticas
Pranteia o mundo a dor do naufrágio
Renasce a noite, oceano de lágrimas
Na beira do cais o resgate de corpos
Invadem as manhãs, bramidos da fome.
Ana Stoppa
( poema escrito sobre as vitimas do naufrágio ocorrido nas águas
do mar da Itália com um navio vindo da África,03.09.2013, centenas
de mortos, vítimas da desigualdade social).