CANÇÃO PARA A LUA


Canto, que nessa madrugada evapora,
são gotas de emoção que vão embora,
acordes que saem chorando de meu violão...
São os tristes versos de um trovador,
que lança no espaço, palavras de amor,
tentando alegrar uma noite de solidão...

No início dessa monotóna madrugada,
que lentamente, minha mão gelada,
nessas cordas, busca a inspiração...
É que tenho hoje, minha alma chorando,
por isso, estou seu nome murmurando,
nessa triste noite, a minha noite da ilusão...

Toda a tristeza que vivia desamparada,
encontrou em minha alma, sua morada,
por que fui abandonado por alguém...
Minha música, que na madrugada voa,
que tristemente, pelo prateado luar ecoa,
é para a lua, aqui não mora mais ninguém...

Amiga lua, com sua superfície tão calva,
junto com sua companheira, a estrela dalva,
ambas estão livres do amor, dessa prisão...
Nessa monotonia, que agora acontece,
nesse silêncio, ao meu olhar até parece,
que ela, e as estrelas, me dizem não...

 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 04/10/2013
Reeditado em 04/10/2013
Código do texto: T4511522
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