A MORTA

A MORTA

Um fiapo

De luz

Riscou a palidez

Do seu rosto

O seu corpo

Gélido

Imóvel

Já não

Transpira

Nem mesmo

Respira

Só inspira

Sofrimento e dor

Uma mosca

Nojenta

Inquieta

Passeia

Sobre suas

Vestes tristes

Que a acompanhará

Resignada e fria

Até a urna sepulcral

O cheiro

De flor

De vela

Vela

No silêncio

Da sala

A solidão eterna

Da morta

Neizes Andrade
Enviado por Neizes Andrade em 04/10/2013
Código do texto: T4510413
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