UM SER CONTURBADO

UM SER CONTURBADO

Pela janela do meu quarto

Vejo os pingos da chuva,

Escorrerem pelo vidro

O dia está cinzento,

E eu aqui, me sentindo só

Sem querer sair da cama

Estou meio cítrica, quase ácida

Estou chorosa, quero sumir

Mas não tenho para onde ir

Não tem jeito, permaneço aqui,

Perdida em mim

Me vasculhando

Me encontrei bagunçada

E não consigo me organizar

Me recolho

Mediante as circunstâncias

Me encolho feito criança

E choro

O dia faz o seu percurso

Me pergunto

E quando a tarde terminar

O que a noite me trará?

Não quero mais suspirar solidão

Nem mais angústia no coração

Decido escolher meu rumo

Seguir a vida, sem perder o prumo

Sandra Leone.

Sandra Leone
Enviado por Sandra Leone em 29/09/2013
Reeditado em 03/06/2020
Código do texto: T4503259
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