Sombras do passado assombrado
Memórias...
Aquelas que residem na mais densa floresta.
A neblina me cega,
nada vejo, nada me resta.
Mas mesmo assim posso sentir através dessa fresta...
Na noite, mesmo no mais escuro quarto,
as sombras do passado não se vão,
e aos poucos, transformam-se em lágrimas.
Lágrimas que vem direto de meu coração.
Meu coração, que de tristeza já está farto...
Liberte-me deste fardo, destas lástimas...
A ferida que lentamente sofri,
o tempo não pode curar,
Arrependimentos que não deviam existir...
Oh, nem mesmo a morte pode me libertar;
Apesar da minha dor,
Os sorrisos de minha máscara de cetim
escondem o meu temor.
Estou preso a mim.
Eu sou um ator.
Deixo-me residir encolhido dentro de mim mesmo,
Reprimido, eternamente selado,
ou ao menos assim foi desejado.
Jogue-me no mais profundo abismo!
Para que nunca mais saia,
pois nas horas mais escuras enquanto só,
Meus olhos se enchem d'agua
e em minha garganta forma-se um nó.
Oh, Senhor! Liberte-me deste tormento!
Meu passado me tortura
De Futuro? Sou isento!
Afogo-me em loucura,
Um belo presente cheio daquele velho sentimento.
Questiono-me o porque.
Tudo foi já decidido,
não há o que fazer!
Mas porque atormenta meu coração destruído?
Mas agora, está tão distante,
Quando estava bem perto,
hesitei pois, ainda era infante.
Nunca nada esteve certo!
Arrependimentos consomem minha mente,
Ódio consome meu coração!
Mato-me lentamente,
Desapareço-me neste mundo em destruição.
Tome meu lugar, meu ator!!
Deixe-me morrer nessa corrente,
sem sofrer essa eterna dor!
Continue sua "vida", como sempre, falsamente...
Vista este rosto,
faça-se de mim.
Não me dê mais desgosto,
Sorria em meu fim...