Vida velha...

Meus pés, coitados deles,

não acham mais o chão que pisam

e as estradas que andam.

Minhas mãos tateiam

como se nada pudessem segurar

nem sua liberdade.

Minha alma é mansa

e, lívida de qualquer esperança,

vive quase morta.

Meu coração pulsa forte,

acho que seja com medo da morte

e não mais poder bater

quando reanimar...

as lembranças do ontem

que incitam tanto a memória.