MORRO EM VIDA XXX

MORRO EM VIDA

Morro em vida quando o mar dos meus pensamentos

é varrido por tempestades de incertezas.

Receio do agora.

Receio do depois.

Receio que exaure a alegria

Faz-me pequenina diante da impotência que ladeia minha existência.

Penso no que um dia fui.

Logo no que hoje sou.

Depois no que amanhã serei.

Perdurar pra quê?

Se as guerras não cessam.

Se lágrimas não secam.

Se a injustiça é contínua.

Enxergo apenas o fundo escuro do poço.

Tragada pela escuridão minhas roupas enegrecem.

Meu semblante entristece.

... e continuo sem saber se vou.

Ela chegou e já até posso vê-la!

Na soleira da porta.

Neste instante ela me leva

É quando morro em vida.

Jorgely Alves Feitosa
Enviado por Jorgely Alves Feitosa em 28/09/2013
Reeditado em 07/10/2018
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