Estilhaços...
Lacrimejam as almas em sarjetas de becos
Ao meio fio... envoltas em lamaçais secos
Na calada noite, orvalhadas lágrimas escoam
No silêncio das horas, choros e lamentos ecoam
Sangram as feridas sobre estilhaçados cristais
Trincaram-se as paredes, fecharam-se os portais
Ruíram-se os sonhos, do castelo apenas as pedras
Desatados os nós vagueiam almas sem cátedras
Pássaros negros vagueiam pela noite escura
Entoam cantos, a espreita da morte obscura
Pelo chão flores secas sem perfumes e cores
Nos estilhaços almas que lacrimejam em dores
Ao meio fio... envoltas em lamaçais secos
Lacrimejam as almas em sarjetas de becos