UM NADA CHEIO DE AMOR ( 1.989 )

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Sou traste, farrapo,

pedaço de alguém.

Sou sobra, sou triste,

sou quase ninguém!

Invejo as estrelas

brilhando no céu,

meus olhos opacos...

carecem de luz.

Minhas mãos tão vazias,

são ríspidas, frias,

como anjo da noite

esqueci de sorrir!

Procuro a luz

que está muito além.

Me volto e me frustro

e me deixo levar...

Meu espaço é pequeno,

não posso saltar!

A estrada é tão longa,

meus pés tão pesados...

Meus sonhos são loucos,

eu sou racional.

Esse amor é doído,

me faz soluçar.

(1.989)

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Zélia Nicolodi
Enviado por Zélia Nicolodi em 14/04/2007
Código do texto: T449773
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