DOR DE POETA
(Sócrates Di Lima)
Se o poeta é fingidor,
da dor de amor que o atormente,
É porque nao suporta figir o amor,
que por certo sente.
E se ama de forma eloquente,
Misturando o sano no insano,
O seu amor não é indigente,
E nem amor por engano.
Ah! Que a dor do poeta é profunda,
Quando se entega ao amor por dentro e fora,
E a felicidade o abunda,
Morre lentamente quando esse amor vai embora.
A dor do poeta é lágrima escondida,
E não entende a linguagem do desamor,
Pois a saudade doi e nào cicatriza ferida,
Quando o amor soluça na sua própria dor.
A dor do poeta só é fingida,
Quando é verdadero o seu teor ,
é táo profunda e táo antiga
Que o poeta fnge fingir a sua própria dor.