VOCÊ QUEM QUIS
Não é verdade o que o copo te traz
Na rua tuas dores não podem ser discretas
O que você entende da sombra garoto?
O que você perdeu de verdade?
Não foi a distancia que os manteve afastados
Quando a estrada é medida em erros e não mais em quilômetros tudo é mais difícil
Você contou às coisas que não devia contar
Chorou tuas lamurias vazias em mesas imundas
Não viu o céu
Não viu o mar
Jamais voou
Me fala agora onde esta a tua revolta?
Nasceu do que ela filho?
Nasceu por quê?
Ouviu opiniões alheias e ficou zangado...
Descartou velhos conselhos inconvenientes
Escolheu andar só
Não escolheu?
Bem... Este é o resultado aceite você ou não...
A verdade não se curva a tua vontade
O fato não se altera por tuas tolices
O mundo não cabe na garrafa
Nem no copo
E estudar os rótulos das cervejas não vai ajuda-lo a deslindar teus problemas
Escolheu andar só não foi?
Tão tolo
Quanta tolice...
Rezou pra velhos deuses?
Baco?
Loki?
Velhos totens em calçadas sujas
Nenhum Jesus
Nem mesmo um disco voador qualquer
Escolheu estar só não foi?
Que tolice
Agora vê a noite vindo em silencio
A garrafa esvazia a cada novo copo cheio
Não há mais dinheiro no bolso
Não mais amigos pra quem ligar
E faz frio
Vai pra casa trôpego e devagar
Vai esconder-se do mundo em sua toca
Vai chorar onde ninguém pode ver
Teve escolha
Escolheu ficar só!
Que tolo.