PRELÚDIO
As mãos que dedilham as teclas...
Mesclas de sons em tons de louvores
Luas e sóis nos carrilhões de abraços
Réu compasso na dança dos clamores.
Enquanto a lua se inflama ao sol...
Farol dos olhos meus clareia tua face
No instante em que eu te auguro aqui,
Pranto que, ao espelho, já me embace.
Silente, sofre meu coração em dor...
Andor de tais sentimentos se segue só
Ainda que a luz das íris seja este breu,
Vagueio nas noites sem rumo e sem dó.
Ares dominicais em dias nublados...
Abalados sons que das torres se ecoam.
Ancora a alma ao prelúdio a se lamentar,
Enquanto que aves solenes, daqui voam.
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 15 de setembro de 2013.