Sangue II
Ainda chovia lentamente,
e meu corpo estava caído no piso de madeira,
a fumaça do meu cigarro circulava
pelo teto do meu quarto.
Eu olhava meu corpo de uma cadeira em um canto,
ainda não entendia como eu poderia ter chego a este ponto,
mas o sangue escorria da minha cabeça
e tingia o chão cor de creme.
Não sei quantas horas se passaram,
mas eu esperava pela Morte vir buscar a minha alma,
o tiro havia sido certeiro.
Será que meu suicídio seria passível de condenação?
A minha vida passava em flashs,
e a atitude parecia admirável,
não havia arrependimentos,
apenas sangue e uma arma gélida ao meu lado.
Onde foi que eu errei?
Quantas vidas passei para estar pagando tão caro...
Quantas vidas viverei para reparar o meu suicídio?
Meu sangue...