Sangue II

Ainda chovia lentamente,

e meu corpo estava caído no piso de madeira,

a fumaça do meu cigarro circulava

pelo teto do meu quarto.

Eu olhava meu corpo de uma cadeira em um canto,

ainda não entendia como eu poderia ter chego a este ponto,

mas o sangue escorria da minha cabeça

e tingia o chão cor de creme.

Não sei quantas horas se passaram,

mas eu esperava pela Morte vir buscar a minha alma,

o tiro havia sido certeiro.

Será que meu suicídio seria passível de condenação?

A minha vida passava em flashs,

e a atitude parecia admirável,

não havia arrependimentos,

apenas sangue e uma arma gélida ao meu lado.

Onde foi que eu errei?

Quantas vidas passei para estar pagando tão caro...

Quantas vidas viverei para reparar o meu suicídio?

Meu sangue...

Bruno Twain
Enviado por Bruno Twain em 15/09/2013
Código do texto: T4482493
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