Guerra dos Mundos
acordo molhado pelo sangue vivo dos meus sonhos mortos
fantasias e desejos imundos
no planeta louco
onde a vida e uma barata morta no banheiro
comem as merdas doces
de um fogo purificador
no ar poluído por gritos
de crianças famintas por um beijo paterno
mesmo plantando flores de plastico na casa do diabo
a guerra fria ficou quente
e os escravos dos dólares
vão as compras de natal
de olhos bem fechados
para não ver a verdade
na boca de um boneco de madeira
sonhando com cores de verdade
na manjedoura
babada pelos burros