A fuga da vida
Vida que te quero sempre em minhas veias
Foge de mim não, jamais me abandone
Seja sempre o meu alento nos meus breves tempos
Seja a minha esperança nos meus tristes ventos.
Vida que te aprecio em minhas veias
Vermelho que te vejo nas minhas artérias
Não me atormentes o seu tormento
Em me renovar a vida a cada dia.
Não me deixes perceber que estás fugindo
Não desejo que haja fuga para ti
Enche-me os pulmões de brisa da vida
E de encontro ao mar eu possa ir.
Deixe -me primeiro respirar a brisa que bate no farol
Como se para mim fosse a última vez
Dá-me esse privilégio
De ver outra vez o arrebol.
Ainda um leve suspiro levo na mão
Com medo que ele dissolva e passe pelas frestas
Quero guardar esse leve suspiro
Ao te beijar com forte paixão.
Mar da minha solidão me leve nas suas ondas
Faça com que sinta a sua força
Me transmita as várias formas de sensações
Permita que eu cante as suas canções.
Vida...sei que vagueias ao meu redor
Mas me consomes ao meu derredor
Só não posso apagar da memória
Que um dia amei com imensa glória.
Vida...que existe em cada canto
Que vai sem rumo a todo instante
Levar a cada dia aos viventes
O doce e eterno alento do encanto.
Autora: Margareth Rafael-
A poetisa de alma branca