“A Tempestade do Século”
nos arquivos
de uma alma doente
o frio mata
todos os segredos que os anjos caídos
esconderam no fundo
de um mar de sangue
temperos para uma guerra mundial
esterco dos humanos podres
sonhando com um parque de diversões
onde a boca da noite
morde as barbas de deus
um estranho canta
nos ouvidos do vento
e a melodia da madrugada
fura os ouvidos
de todos os zumbis deste mundo de cores mortas
duas gotas de sangue na neve
e o sorvete envenenado
está pronto
para a última refeição
dos filhos da luz apagada