QUANDO EU ME FOR..



Quando eu me for...
Não quero rosto chorando, nem
Vozes clamando, nem lápide
Marmorizada ou ouro-prateada,
As páginas inúteis de minha vida
Podem queimá-las, não quero côroas
De flores, nem orgulho, nem gratidão,
Não quero o chôro dos que não souberam
Amar-me,
Não quero lucros de jazidas que não descobri,
Ah!... aos que ofendi com palavras insanas
Peço perdão, aos que cravei no peito a
Mediocridade perdoe-me,
Quero apenas:
Que entenda este humilde ser nas profundezas
E nas palavras ditas com desvelo, quero que
Entendas a minha loucura do passado e de
Meu presente, eu te peço:
Respeita. Ou mais: ignora.
Que eu apenas fui amor em carne viva, e soube
Amar e admirar-respeitar o ser humano em toda
Sua preciosidade natural;
Quero apenas isso: Perdoe-me se não me compreendes.