MÃE, ADORMECES TÃO LINDA!
Maria.
Mãe.
A eternidade jazida no
apagamento.
A porta
batida,
o sonho
acabado.
Rastros deixados na
lembrança.
Uma visita de aniversário
ausente.
Sob a mesa estendida com
flores
também mortas,
o túmulo frio ao sol
escaldante.
O homem-menino a
lamentar
o açoite frio da
morte.
Uma lágrima
incontida,
um terço
sôfrego.
Um cântico
triste,
um profundo silêncio
na alma.
Que palidez mais
púmblea!
Que dor mais
amarga!
Péricles Alves de Oliveira