DE NOITE PELAS RUAS DA MINHA CIDADE
Altas horas, noite escura, saí de casa,
Andei p'las ruas, perdido, sem destino,
Sentia-me deprimido e muito sózinho,
Invadia-me um misto de tudo e de nada.
Percorri as ruas da cidade, na sombra
Dos candeeiros mal iluminados, vida
Sem luz e sem esperança, sem rumo,
Como barco perdido numa tempestade.
O silêncio da noite era como um cortejo
Fúnebre dum passado morto a enterrar,
Que me deixou triste e sem vontade,
À minha casa inconformado, regressar.
Tive a sensação da minha inutilidade,
Na vida futura que iria ainda enfrentar,
Regressar a casa p'la manhã e sonhar,
Numa vida nova pura e de virtualidade.
Ruy Serrano, 31.08.2013, às 13:15 H