Do Tempo que Levou o Tempo.

Veja se limpa essa mão

Ao tempo que a caleja

No carpir do chão

Se faz a raiz sertaneja

Esculpi teu nome, naquele tronco velho

Formato de coração envolvido de promessa

Enquanto você franzia o cenho

Sobe a sombra da árvore espessa

As cercas nunca foram limites

As trilhas nunca paravam entre as farpas,

Só havia barreira negra, de piche,

Essa passou por cima de nossas asas

Da árvore se fez madeira,

Um sofá pobre de repartição pública,

Do amor se fez cegueira,

De sofrer de gente estúpida ...