COPO

Quando a angústia me invade

qualquer rua dessa cidade

se transforma no meu lar.

Quando baixa a desgraça

busco refúgio na cachaça

procuro o balcão de um bar.

Para fugir dessa amargura

que nunca encontro a cura

e deixa me num beco sem saída.

Esmagado pela pressão

que atira me nessa solidão

o único refúgio e a bebida.

Nesse quadro que é tão triste

do qual, remédio não existe

que deixa minha vida sem função.

E tudo turvo como uma fumaça

e com ela a alegria e escassa

busco ajuda, num garrafão.

Quando devagar me dopo

vejo na frente de um copo

quem esta querendo me corroer.

Veja bem, meu companheiro

sou chamado de cachaceiro

por tentar, um pouco viver.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 11/04/2007
Reeditado em 26/02/2010
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