Primavera noturna

A mão,

antes cravada no seio da terra,

quando tudo significava

muita coisa

em algum lugar deprotegido,

tomba pesadamente

no vazio

de um esquecimento

em remorso.

O barro onde adentrava,

agora morre

pobremente sútil.

E o corpo em desespero.

E alma angustiada

num inferno mais profundo,

anoitece com a calma

de um vagabundo.

Por que é certo

e todos sabem:

A fraqueza

floresce

nas mãos!

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 11/04/2007
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