Primavera noturna
A mão,
antes cravada no seio da terra,
quando tudo significava
muita coisa
em algum lugar deprotegido,
tomba pesadamente
no vazio
de um esquecimento
em remorso.
O barro onde adentrava,
agora morre
pobremente sútil.
E o corpo em desespero.
E alma angustiada
num inferno mais profundo,
anoitece com a calma
de um vagabundo.
Por que é certo
e todos sabem:
A fraqueza
floresce
nas mãos!