INEXORÁVEL TEMPO
Quando jovem era bela.
Sentada em banco de couro, usava anéis de ouro.
Ao verem-na, se tornavam pretendentes,
despertava paixões ardentes e desejos efervescentes.
Sua voz melodiosa transformava noite em dia,
era a mais completa euforia.
O tempo passa...
amassa a carne...
enruga a face.
Quando jovem era bela, agora é só uma velha.
Os ouros emprestou aos dentes, sumiram os pretendentes.
O couro do banco se desfez.