ÁRIDO SILÊNCIO
Doe-me quando o silêncio é árido
Espaço criado na argúcia do destino
Esse capcioso senhor do amanhã
Regente que é de minhas horas
Facínora entranhado no tempo
Onde tu insistes em olvidar-me
Como a ter ojeriza do que nem foi
Como a desdenhar do que seria
Como fosse um enigma teu sociolecto
Doe-me quando o silêncio é árido
Onde não há espaço para reflexões
Apenas o passar de horas mortas
E cada segundo é mais que um século
A torturar toda minha concupiscência
E parece que o usas como teu nemésico
Tornando meus momentos uns energúmenos
Quebrantando todos os meus paradigmas
Pela dissonância de tuas superficiais verdades
Formatadas pelo lasso de teu incógnito laço
Por tua anuência no que tange a esse prognóstico
Porta de entrada de todo esse teu maniqueísmo
Da muralha erguida sobre os meus pressentimentos
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