DESESPERO

NO DESESPERO DO SILENCIO, EU ME VEJO

CALADO! SEM FALAR O QUE SINTO

NA LOUCURA DE DIZER O NÃO DITO

NA AMARGURA DE VIVER EM UM MUNDO OPRESSOR.

NA VALA PROFUNDA, EU ME VEJO

E COM SEU NOME VIDA, ME ENGOLE

ME AFOGA EM TEUS CASTIGOS

ME TIRA A VONTADE DE SEGUIR.

CONCERTEZA, PARA SEMPRE IREI LEMBRAR

DESTES MOMENTOS DE TORTURA

E EM MINHA ALMA IREI QUARDAR

RIOS DE LAGRIMAS E TRISTEZA

NESTES MOMENTOS EM QUE ME VEJO

SINTO UMA VONTADE DE GRITAR

CORRER NO MEIO DO VAZIO

GRITAR! GRAITAR! GRITAR!

ENFIM, NESSE VAGABUNDO EM QUE ME VEJO

EM MIM RESTA APENAS UM DESEJO

VOLTAR PRO LUGAR DE MINHA ORIGEM

MORRER! E LA SER ENTERRADO.

(SANTAREM-PA, 05/04/2007)

ANDREW CASTRO