um certo amor...

amor meu... confuso...

eu gostaria de te ofertar o meu canteiro das rosas

que plantou a mão mais gentil...

mas os teus cegos olhos

arremessam-se aos espinhos todos... tolos...

atiram-se loucos!

e rego os canteiros das rosas poucas minhas

com o meu amor... confuso...

que tu nunca irás alcançar.

haja que nunca paras para sentir o olor...

que raramente exala a alma minha.

e o teu tempo sempre escasso...

e o tempo do infeliz relógio...

que já não nos oferta tanto tempo assim.

amor meu... confuso...

amor meu.

deixa a chuva cair sobre as rosas que plantou a mão mais gentil...

deixa o meu amor passar... entre nós...

ele sabe... que nunca pode mesmo ficar.

Karla Mello

11 de Agosto de 2013

Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 11/08/2013
Reeditado em 27/08/2013
Código do texto: T4429569
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