Epopéia contra o tempo
Notas nostálgicas
Saudades natas
Reflexões inaptas
Passado que vive
Presente que mata
Saudade da batalha
Do desespero que ataca
Das noites sacrificadas
Da glória conquistada
Saudades da certeza do fim
Prazo certo, tempo apertado
Da batalha que acaba
Saudade dos sete dias cíclicos
Da semana que acaba
Da cascata em tons de verde
Verdadeiras esmeraldas geladas
Saudades do que é intenso
Do peito que dispara
De estar preso na rede
Daquela que ainda é amada
Saudade do tempo de ter tempo
Do relógio que caminha e dispara
Saudade de sentir saudades
Da musa que inspira a palavra
Saudade, portanto, é guerra
Luta contra o tempo, que acaba
Saudade enfim me vence
Nesta infinda e finita batalha.
(Agosto de 2013)