AMORES CADENTES...
Sou imperfeito, tenho meus defeitos,
Esmolar aos céus por meus anseios.
Reluzir da lua, nua,
A rastejar por entre as ruas,
Aguas do mar a refletir o meu sentir.
Tão escuras veias a esconder meu ser,
Disformes raias, incompletude de um querer,
Que não termina, gira nesse globo azul,
Em busca desse amarelo sol,
Da morte certa, nada do clarear de ti,
Sou eu as sombras de cidade impura,
Ciclo que não passa e me atormenta,
Pois vejo que não tenta se aproximar de mim,
Sem esse eclipse mínimo,
Em meros olhares findam-se,
O que escrevo não passa de folha de papel.
Rascunho do amor em letras de noites,
Apagadas por tua luz,
Que não resistem aos meus medos,
Morrendo no meu céu,
Cadentes estrelas, linhas, breus.