A bela sofrida
Mesmo em meio a tristeza extrema
Do seu amor desfalecido
Os pobres olhos sofridos
Ainda exalavam alguma beleza.
Era uma pequena forma nua,
Sobre o leito da dor
Que sussurrava seus clamores
Aos deuses de sua crença.
A fé talvez a abandonasse aos poucos,
Como sua juventude de braços dados ao tempo.
Aos poucos se silencia os lamentos,
Se silenciam os prantos, os clamores...
Aos poucos se cegam os olhos e a dores,
E a vida já não cabe neste doloroso corpo,
Pois cria asas e vai em busca da paz em outros horizontes.