Uma gota.

Contemplo a decadência

de mim mesma,

e resta a (in) consciência

da embriaguez.

Uma alma descalça,

mão a tremer,

um rasgo na calça,

copo cheio de cerveja.

No cinzeiro, fica brasa

do cigarro preto.

No papel, não disfarça

a gota redonda.

Redonda, líquida

e pequenina.

Contemplo neste papel

minha lágrima,

como quem vê no Céu

nova estrela.

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 01/08/2013
Código do texto: T4415154
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