Uma gota.
Contemplo a decadência
de mim mesma,
e resta a (in) consciência
da embriaguez.
Uma alma descalça,
mão a tremer,
um rasgo na calça,
copo cheio de cerveja.
No cinzeiro, fica brasa
do cigarro preto.
No papel, não disfarça
a gota redonda.
Redonda, líquida
e pequenina.
Contemplo neste papel
minha lágrima,
como quem vê no Céu
nova estrela.