O GOSTO PELA POESIA

 Levou com voce, tudo aquilo que eu tinha,
secou as parreiras e matou toda  a vinha,
nunca me deixou  como um bravo lutar...
Pedí, disse que sou forte, que mereço viver,
não me deu  chances, me deixando  morrer,
vencido, sem forças, nem para reclamar...

Talvez, meus bravos anticorpos consiga,
vencer a natureza, que comigo está em briga,
me devolvendo  ao menos, o gosto pela poesia.
É cruel, mas não pode apagar a beleza da mata,
nem pode parar, a doce música da cascata,
mas seu amor, em outra parte, me vencia...

Ainda a pensar, quem sabe, com ela uma permuta?
Já que sou forte, e nunca temí nenhuma luta,
e não pensei em cair ajoelhado, enquanto respirar...
Mas...Delicado como a pétala de uma flor,
foi o meu algoz, esse tão bonito e tão puro amor,
que me deixou  fantasiando, perante o luar...

Uma força tremenda, que a alma não mais beija,
que nem a santa tão milagrosa, de minha igreja,
consegue matar essa saudade, que nunca cai...
Lutar com minha memória? Seria lutar em vão,
quando se sente que está tão fraco o coração,
que vencido, aos poucos, morrendo vai...


 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 31/07/2013
Reeditado em 02/12/2015
Código do texto: T4413763
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